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domingo, 23 de outubro de 2011

Musa Impassível, Victor Brecheret - Pedro n27 7B

Musa Impassível, Victor Brecheret
Esta estátua foi feita em mármore carrara esculpida por Victor Brecheret escultor modernista brasileiro. Feita em homenagem à poetisa Francisca Júlia, estava no seu mausoléu no Cemitério do Araçá e foi redescoberta em 1992 por Sandra Brecheret, filha do escultor. Foi levada à Pinacoteca de São Paulo para ser restaurada. No seu local ficou uma réplica em bronze pois seria incabível deixar uma obra dessa longe dos olhos do público.
Musa Impassível
Musa! um gesto sequer de dor ou de sincero
Luto jamais te afeie o cândido semblante!
Diante de Jó, conserva o mesmo orgulho; e diante
De um morto, o mesmo olhar e sobrecenho austero.
Em teus olhos não quero a lágrima; não quero
Em tua boca o suave e idílico descante.
Celebra ora um fantasma anguiforme de Dante,
Ora o vulto marcial de um guerreiro de Homero.
Dá-me o hemistíquio d'ouro, a imagem atrativa;
A rima, cujo som, de uma harmonia crebra,
Cante aos ouvidos d'alma; a estrofe limpa e viva;
Versos que lembrem, com seus bárbaros ruídos,
Ora o áspero rumor de um calhau que se quebra,
Ora o surdo rumor de mármores partidos.

Victor Brecheret nasceu em 1894, em Viterbo, na Itália. Estudou desenho no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, interessando-se logo depois pela escultura de Rodin através de reproduções. Em 1913 transferiu residência para Roma, onde permaneceu por seis anos. Lá estudou com Dazzi e tomou contato com as obras de Bourdelle e Mestrovic. Voltou a São Paulo em 1919 após curta temporada em Paris. Pouco depois fixou-se em Paris, onde integrou o grupo dos fundadores do Salão das Tulherias.
Embora residindo em Paris, em 1922 tomou parte, em São Paulo, da Semana de Arte Moderna ao lado de Mário e Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia e outros. Brecheret foi o responsável por uma direção inovadora para a atualização da escultura brasileira em relação aos níveis internacionais contemporâneos, especialmente pela recusa de um academismo, com esculturas estilizadas e de tensão dramática considerável. Sua obra envereda, a partir de 1921, por um caminho cada vez mais moderno, dialogando com informações do cubismo e das vanguardas européias, sendo inquestionável a sua qualidade estética e formal.
Nos anos 30, também em São Paulo participou das exposições da Sociedade Pró-Arte Moderna e dos salões de Maio (1937 a 1939). Em 1951 foi homenageado na I Bienal de São Paulo com o prêmio de melhor escultor nacional. Na bienal foi ainda homenageado em 1957 com sala especial. Sua obra integra os acervos do Museu de Arte de São Paulo, da Pinacoteca do Estado e do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Realizou ainda, na capital paulista, a medalha comemorativa do Centenário da Independência do Brasil (1920), a escultura Eva (1921) e o Monumento às Bandeiras, este projetado nos anos 20 e realizado posteriormente.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Victor_Brecheret

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